domingo, 25 de abril de 2010

Mind this gap - I


Triste ver o Professor Mariano Gago prestar-se à divulgação de propaganda. Infelizmente a realidade é outra, e contra estes factos não há argumentos. Aqui fica um excerto:



Desde o início da década de 90, Portugal tem "exportado" cerca de um quinto dos seus trabalhadores com graus universitários, uma taxa que nos coloca a par (em termos relativos) de países como o Afeganistão, Togo, Malawi e República Dominicana (ver tabela abaixo).

Emigration rate of university educated workers - Countries most affected
Haiti
Sierra Leone
Ghana
Mozambique
Kenya
Laos
Uganda
Angola
Somalia
El Salvador
Sri Lanka
Nicaragua
Hong Kong
Cuba
Papua New Guinea
Vietnam
Rwanda
Honduras
Guatemala
Croatia
Afghanistan
Dominican Rep.
Portugal
Togo
Malawi
Cambodia
Senegal
Cameroon
Morocco
Zambia
83.6%
52.5%
46.8%
45.1%
38.4%
37.4%
35.6%
33.0%
32.6%
31.0%
29.6%
29.6%
28.8%
28.7%
28.5%
27.1%
25.8%
24.4%
24.2%
24.1%
23.3%
21.6%
19.5%
18.7%
18.7%
18.3%
17.2%
17.0%
17.0%
16.8%
Source: Docquier and Marfouk (2006)

Por sua vez, outro estudo que analisou os níveis de escolaridade dos emigrantes para os 6 maiores países receptores do mundo (Austrália, Canadá, França, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos), mostra resultados similares (Defoort 2008). De todos os países da OCDE, Portugal tem uma das piores fugas de cérebros. Posto de um modo simples, e uma vez mais, pior que nós só a Irlanda. Nem mesmo os países do Leste Europeu têm uma fuga de cérebros tão alta como a nossa (Tabela 2).

Emigration rate of tertiary educated workers
Czech Republic
France
Germany
Greece
Hungary
Ireland
Italy
Netherlands
Poland
Portugal
Romania
Slovakia
Slovenia
Spain
United Kingdom
7.2%
1.7%
3.7%
10.9%
11.1%
28.6%
8.3%
7.6%
12.7%
18.0%
9.2%
7.7%
10.1%
3.3%
14.3%
Source: Defoort (2008)


Alguns emigrantes qualificados com graus universitários enviaram os seus testemunhos para o blogue Mind this gap (Lembrem-se deste vazio).

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