Triste ver o Professor Mariano Gago prestar-se à divulgação de propaganda. Infelizmente a realidade é outra, e contra estes factos não há argumentos. Aqui fica um excerto:
Desde o início da década de 90, Portugal tem "exportado" cerca de um quinto dos seus trabalhadores com graus universitários, uma taxa que nos coloca a par (em termos relativos) de países como o Afeganistão, Togo, Malawi e República Dominicana (ver tabela abaixo).
Emigration rate of university educated workers - Countries most affected
Haiti Sierra Leone Ghana Mozambique Kenya Laos Uganda Angola Somalia El Salvador Sri Lanka Nicaragua Hong Kong Cuba Papua New Guinea Vietnam Rwanda Honduras Guatemala Croatia Afghanistan Dominican Rep. Portugal Togo Malawi Cambodia Senegal Cameroon Morocco Zambia | 83.6% 52.5% 46.8% 45.1% 38.4% 37.4% 35.6% 33.0% 32.6% 31.0% 29.6% 29.6% 28.8% 28.7% 28.5% 27.1% 25.8% 24.4% 24.2% 24.1% 23.3% 21.6% 19.5% 18.7% 18.7% 18.3% 17.2% 17.0% 17.0% 16.8% |
Por sua vez, outro estudo que analisou os níveis de escolaridade dos emigrantes para os 6 maiores países receptores do mundo (Austrália, Canadá, França, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos), mostra resultados similares (Defoort 2008). De todos os países da OCDE, Portugal tem uma das piores fugas de cérebros. Posto de um modo simples, e uma vez mais, pior que nós só a Irlanda. Nem mesmo os países do Leste Europeu têm uma fuga de cérebros tão alta como a nossa (Tabela 2).
Emigration rate of tertiary educated workers
Czech Republic France Germany Greece Hungary Ireland Italy Netherlands Poland Portugal Romania Slovakia Slovenia Spain United Kingdom | 7.2% 1.7% 3.7% 10.9% 11.1% 28.6% 8.3% 7.6% 12.7% 18.0% 9.2% 7.7% 10.1% 3.3% 14.3% |
Alguns emigrantes qualificados com graus universitários enviaram os seus testemunhos para o blogue Mind this gap (Lembrem-se deste vazio).
Sem comentários:
Enviar um comentário