Galileo estava ciente que as suas observações com a luneta astronómica iriam mudar radicalmente a visão do Universo e libertar o pensamento e o conhecimento da autoridade exercida por Aristóteles desde a Antiguidade Clássica, durante quase dois mil anos.
Decide, então, comunicar parte dessas descobertas aos seus contemporâneos num livro subtilmente intitulado Sidereus Nuncius, que significa O Mensageiro das Estrelas.
Frontispício de Sidereus Nuncius
Publicado em Março de 1610, em Veneza, dedicou-o a Cosimo II de Medici, grão-duque da Toscânia, que o nomeia matemático da corte.
Ao longo das 60 páginas, escritas em latim, descreveu o aspecto montanhoso da superfície lunar, revelou a existência de inúmeras estrelas até então desconhecidas e mostrou que Júpiter possuía quatro satélites a que chamou Medicea sidera (Astros mediceus) em honra do seu protector.
Cinco desenhos da Lua nas fases de Quarto Crescente (dois) e Quarto Minguante (três), mostrando a linha de separação entre as regiões diurna e nocturna que é regular nas planícies e quebrada nas montanhas.
É a tradução deste livro para português, feita pelo físico e historiador da ciência Henrique Leitão, que hoje foi apresentada na Fundação Calouste Gulbenkian.
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