quarta-feira, 17 de março de 2010

Galileo Galilei


Neste retrato, um dos últimos de Galileo, o físico e astrónomo de Pisa está sentado numa cadeira sobre cujo braço apoia a mão esquerda, enquanto segura na outra mão uma luneta astronómica.

Não foi Galileo o inventor do telescópio de refracção. Mas, ao aperfeiçoar este instrumento com o fito de observar objectos distantes, construiu em 1609 a primeira luneta astronómica que lhe permitiu descobrir as montanhas da Lua e quatro luas de Júpiter — Io, Europa, Ganimedes e Calisto.

As suas observações astronómicas levaram-no a defender o sistema heliocêntrico, proposto por Copérnico, refutando a antiga crença de que a Terra era o centro do Sistema Solar e do Universo.
E também a concluir que, ao contrário do que se pensava na época, a Via Láctea não era uma nuvem mas sim um conjunto de estrelas de que o Sol fazia parte.

A defesa do sistema heliocêntrico criou-lhe um conflito com a Igreja Católica Romana que lhe instaurou um processo e, após vários meses de prisão sob ameaça de tortura, o forçou a fazer uma retractação pública e o condenou a prisão domiciliária até à morte.


Mas o que tornou Galileo num dos maiores vultos da Ciência foi a criação de uma nova metodologia para estudar os fenómenos físicos, substituindo o método aristotélico, puramente racional e que provocara a estagnação do conhecimento durante a Idade Média, pelo método experimental. E o uso da linguagem matemática para traduzir os resultados das observações.

Em 1590, o estudo da queda dos corpos, usando o plano inclinado para retardar o movimento, permitiu-lhe formular a lei dos percursos dos graves serem directamente proporcionais ao quadrado dos tempos.
E também descobrir o princípio da inércia, um dos axiomas da Mecânica Newtoniana que, com a constância da velocidade da luz no vácuo, constitue o par de postulados em que se baseará a futura Teoria da Relatividade Restrita.


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