No final da primeira ronda com os sindicatos de professores, o Ministério da Educação e Ciência (MEC) entregou uma nota aos jornalistas, onde afirma querer "iniciar tranquilamente o novo ano lectivo com um novo modelo de avaliação aprovado em que os professores, directores de escola e Ministério, se revejam" e divulga os princípios do novo modelo de avaliação docente:
- A avaliação continuará a contar para efeitos de concurso. Mas a preocupação do MEC é que "nenhum professor avaliado pelo modelo actual seja prejudicado" por isso, no final do primeiro ciclo de avaliação com o novo modelo, "os professores poderão optar pela melhor classificação obtida num dos ciclos já realizados".
(Um suspiro de alívio soltado pelos directores dos agrupamentos de escolas, pelos seus grupos de compadrio e pela sabujice que orbita à sua volta que já asseguraram uma boa classificação. E também pelos sindicalistas, claro.)
- Os ciclos de avaliação vão coincidir com a duração dos escalões da carreira docente, i.e. passarão de dois para quatro anos.
(Diminui a burocracia, logo apoiado.)
- As aulas observadas serão efectuadas por professores exteriores à escola do professor avaliado.
"Não queremos que exista conflitos de interesses entre avaliados e avaliadores. Estes terão de pertencer a um escalão mais avançado e ao mesmo grupo disciplinar do avaliado." Esta última condição é essencial para avaliar o modo como os conteúdos são transmitidos: "Queremos saber se o professor é eficiente."
(Não basta a avaliação ser externa, é essencial saber como serão escolhidos os professores avaliadores.
Se forem seleccionados após provas perante professores de universidades públicas da disciplina que leccionam, muito bem.
Se forem escolhidos pelos directores dos agrupamentos de escolas, directa ou indirectamente através dos conselhos pedagógicos, ou nomeados pelas direcções regionais socialistas, então nada mudará.
É preciso não esquecer os grupos disciplinares iniciados por 2.
No grupo de recrutamento 230 - Matemática e Ciências da Natureza, e.g., há uma diversidade de licenciaturas — Matemática, Física, Biologia, Farmácia, diversas engenharias, ensino da Matemática, ensino das Ciências Naturais — e até docentes com um diploma de estudos superiores especializados (DESE) em Administração Escolar que nem sequer é equivalente a licenciatura. Um dos grandes problemas dos maus resultados em Matemática no 2º ciclo está aqui.
Pelo menos permita-se que estes docentes se movimentem para um dos grupos 500, 510, 520, 530, 540 ou 550 do departamento de Matemática e Ciências Experimentais. Aliás o 230 devia ser posto em vias de extinção pois é uma coutada das ESE.
Ou pretende-se pôr um professor de Matemática a ser avaliado por outro de Ciências da Natureza, já que ambos pertencem ao 230?)
O ministro comprometeu-se a apresentar propostas concretas aos sindicatos até 12 de Agosto e propôs que o processo negocial estivesse concluído em 31 de Agosto.
Os sindicatos declinaram porque estão de férias neste período. Ficou acordado que as rondas negociais começarão no dia 22 e terminarão a 9 de Setembro.
Falando aos jornalistas no final da ronda com os sindicatos, Nuno Crato lembrou que o estabelecimento de percentagens máximas para as classificações de Muito Bom e Excelente faz parte da "regulamentação da função pública" pelo Sistema Integrado de Gestão e Avaliação de Desempenho da Administração Pública (SIADAP), aprovado em 2007.
João Dias da Silva, da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), indicou que na reunião "não houve referências às quotas". Já Mário Nogueira, da Federação Nacional de Professores (Fenprof), declarou que "se houver quotas, haverá desacordo".
O actual ministro da Educação e Ciência é um dos professores universitários que melhor conhece as doenças do ensino básico e secundário e há largos anos luta contra o "eduquês".
Se Nuno Crato não conseguir reformar o Ensino, ninguém o reformará.
Sendo reconhecido que são preocupantes os resultados dos exames nacionais 2011 do ensino básico, torna-se necessário descobrir as causas.
Relativamente ao exame de Matemática, cujo enunciado se encontra no website do GAVE, pode-se confirmar que as questões incidem sobre os conteúdos programáticos essenciais dos 7º, 8º e 9º anos, estão formuladas com correcção científica e clareza e os critérios de classificação não levantam dúvidas aos docentes que receberam uma boa formação científica em Matemática.
Portanto é preciso procurar as causas do insucesso na sociedade civil e, em particular, nas escolas.
1. A função dos professores não é substituir os pais
Num livrinho da escola primária vi uma imagem dos apóstolos com línguas de fogo a descerem do céu sobre as suas cabeças e uma inscrição: "O Espírito Santo desceu sobre os apóstolos e encheu-os de sabedoria."
Deslumbrei-me.
Perguntei à minha mãe, católica fervorosa que no dia do aniversário media a minha altura com velas para oferecer à Nossa Senhora, onde se adquiria as línguas de fogo da sapiência. Passou-me as mãos pelos cabelos.
O meu pai, ateu empedernido que saia de casa para o trabalho às sete da manhã e regressava às oito da noite mas ainda arranjava uma hora depois do jantar para ver os meus trabalhos da escola, respondeu: "Começa a ler em voz alta o texto do trabalho de casa e deixa-te de palavreado."
Lembrei-me deste episódio ao ler no artigo "Há uma obsessão pelos resultados nos exames e depois não se faz nada com eles para melhorar as aprendizagens" esta troca de comentários entre um professor e um encarregado de educação:
"Genericamente, os alunos que têm bons resultados são filhos de pais que se preocupam e exigem. Os que têm piores resultados têm pais que se demitem, entregam os filhos à escola e não querem saber."
E o que diz a Confap disto? "Dizer que as crianças têm de ir estudar para casa é uma irresponsabilidade, até porque a maior parte dos pais não tem o 9.º ano e, portanto, não os consegue acompanhar", descarta Albino Almeida, para quem "as escolas deviam começar por se organizar para, tal como na Finlândia, garantirem acompanhamento nas férias aos alunos que vão procurar, na segunda oportunidade, superar os maus resultados".
"Poder, podiam", contrapõe o presidente da ANDE, não fosse dar-se o risco de essas aulas ficarem vazias. "No período que mediou entre o fim das aulas e o início dos exames, houve todos os dias reforço a Português e a Matemática e os alunos simplesmente não apareciam."
Nem um milagre consegue substituir o estudo e a vontade de adquirir o conhecimento e é na família que isto se aprende.
2. A função dos professores é ensinar
Os professores têm, ou pelo menos devem ter, uma especialização de nível superior sobre os assuntos que ensinam. Embora os manuais tenham sido submetidos a avaliação nos últimos anos e haja uma melhoria na qualidade, são um apoio para o aluno, os professores não podem colar-se ao manual sob pena de sofrerem uma regressão cultural.
Há um par de meses, em conversa com o coordenador do departamento de Matemática e Ciências Experimentais, o colega confidenciou-me que o trabalho burocrático é tanto que todos os docentes só pensavam nas matérias que ensinam quando estão dentro da sala de aula.
Tentei que se apercebesse da gravidade da situação e fizesse algo de útil mas estava preso dentro de um sistema educativo que ele próprio ajudou a criar ao defender a política educativa socialista.
Resumidamente, o que se passa é que os docentes se transformaram
- em mangas de alpaca desperdiçando o seu tempo a preencher tabelas de avaliação, como esta:
- em animadores culturais desenvolvendo miríades de actividades, dentro e fora da escola, cujo ponto alto é a elaboração de um repolhudo relatório. Veja-se este exemplo de um dos quatro departamentos de uma escola e relativo a dois períodos do corrente ano escolar:
O que é aqui essencial? As olimpíadas, a visita ao planetário Gulbenkian, os testes do GAVE, o coastwatch e pouco mais. O resto é para docentes e discentes se dispersarem.
Estas tabelas e relatórios não têm outro préstimo, senão irem encher um dos inúmeros arquivadores que depois irão deliciar os inspectores que anualmente vêm avaliar a escola.
É certo que os resultados dos alunos nos exames nacionais são um dos parâmetros de avaliação, mas apenas um, entre muitos não essenciais que ocuparam o foco das atenções.
No escasso tempo restante é que os professores vão para a sala de aula debitar o manual e depois, nas reuniões dos conselhos de turma para avaliação dos alunos, decide-se o sucesso com base em critérios de avaliação que privilegiam a parte afectiva em detrimento dos aspectos cognitivos.
Mesmo no que respeita a observação de aulas pelos avaliadores — nomeados indirectamente pelo director através dos coordenadores de departamento e que, em geral, têm uma fraca formação científica na disciplina leccionada pelo avaliado — o importante não é, obviamente, o conteúdo da aula ou a maneira como o assunto é exposto.
O que importa são os impressos que avaliador e avaliado têm de preencher por cada aula observada.
O que importa é o powerpoint de planificação da aula com uma dúzia de diapositivos com conversa fiada sobre estratégias, reflexões e objectivos copiados do programa da disciplina, na ordem em que lá estão, mesma que não seja a mais adequada à exposição do assunto da aula.
O esboço da aula, que o professor que não debita manual faz durante a preparação da aula, com as noções que vai transmitir, os exemplos que vai dar e os exercícios de aplicação que vai propor aos alunos, e que exige a consulta de muitos livros e uma prolongada reflexão fora do espaço escola, não aparece em lado nenhum porque não é considerado importante.
Raros foram os docentes que se afastaram deste processo, cientes de que o País iria à falência com esta política educativa, e investiram em trabalho sobre os conteúdos programáticos do 5º ao 12º ano. Puseram em risco a sua avaliação e até a permanência na carreira se o partido socialista se tivesse mantido no poder até 2013.
O que os surpreende é que, apesar das escolas, nos últimos anos, se terem concentrado em actividades de entretimento e tarefas burocráticas com prejuízo grave do Ensino, os resultados obtidos pelos alunos nos exames nacionais ainda sejam tão bons.
Na sua análise, o Ministério da Educação apenas reflecte sobre os resultados dos exames realizados pelos alunos internos, ou seja, os que frequentam as aulas o ano lectivo inteiro e obtêm aproveitamento para ir a exame.
Ora há um significativo número de alunos que anulam a matrícula por terem baixo aproveitamento, ou frequentam cursos profissionais, ou estudam por sua conta e risco. Todos estes alunos são externos ao sistema de ensino e autopropõem-se a exame.
Encontrámos um interessante estudo da distribuição das classificações de exame por disciplina onde se pode comparar os resultados dos examinandos internos e externos. Conclui-se que em línguas, ao nível do aprofundamento, estes examinandos autopropostos apresentam muito melhores resultados que os examinandos internos mas em Matemática e Ciências Experimentais passa-se justamente o oposto.
Uma cabal demonstração de que o ensino da Matemática e das disciplinas do domínio das Ciências Experimentais exige o trabalho de professores e equipamento só acessível em escolas e, portanto, o empenhamento dos governos para se obter bons resultados.
Regressemos à análise do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE). Na prova de Matemática A, realizada no 12.º ano, a média dos alunos internos desceu, em relação a 2010, de 12,2 para 10,6. No exame de Português a descida ficou pelos 14 pontos, mas para uma média negativa: 9,6.
O director do GAVE, Hélder de Sousa, supõe que a variação registada na disciplina de Português "possa reflectir uma alteração da tipologia de itens introduzida no Grupo II da prova, relativo ao Funcionamento da Língua, que traduz um acréscimo de exigência neste domínio particular da aprendizagem da língua materna".
A presidente da Associação de Professores de Português (APP), Edviges Ferreira, que foi correctora de provas, explica que neste grupo, a partir de um texto de José Saramago, pedia-se aos alunos que identificassem classes de palavras, funções sintácticas e classificassem orações. Nos exames dos anos anteriores não foram abordados estes conteúdos. E conclui: "Pelos vistos, os alunos estavam um bocado esquecidos. Já não sabiam identificar um complemento directo ou um sujeito."
Quanto aos resultados do exame de Matemática A, Miguel Abreu, presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, afirmou: "Ninguém gosta de ver aumentar o número de notas negativas, mas pior seria continuar a ter dados enganadores. A descida era previsível tendo em conta que houve um aumento no grau de exigência da prova. Os resultados traduzem de maneira muito mais fiável o nível de conhecimentos dos alunos."
A presidente da Associação de Professores de Matemática, Elsa Barbosa, realçou que a média dos alunos internos é a que espelha o trabalho que é desenvolvido nas aulas e esta foi positiva. Considera que a descida relativamente ao ano passado "não é significativa" porque pode reflectir uma novidade introduzida no exame deste ano: "Existe um item que foi elaborado com o objectivo de conseguir estratificar melhor os alunos, de modo a permitir distinguir os alunos de excelência."
Efectivamente o grupo II-1 com duas questões sobre os números complexos tinha um nível de exigência superior e só alunos excelentes teriam competência para abordar a segunda questão. Mas o objectivo dos exames é justamente fazer uma distribuição dos alunos por grau de desenvolvimento de competências.
Uma nota final. Os exames têm apenas um peso de 30% na classificação final dos alunos mas, mesmo assim, 20% dos alunos ficaram reprovados nesta disciplina, a maior das percentagens de reprovações. É óbvio que os docentes de Matemática têm de rever os seus critérios de avaliação e ser mais rigorosos nas área de aquisição de conhecimentos.
O quadro seguinte (clique para aumentar) foi elaborado a partir do Relatório dos exames nacionais de 2010, publicado há uma semana pelo GAVE, e dos resultados dos exames do Ensino Secundário de 2011 hoje publicados pelo DN.
Remetemos os encarregados de educação que desejam conhecer os resultados dos seus educandos para o website do respectivo agrupamento de escolas ou escola não agrupada.
O leitor que deseje conhecer os enunciados e os critérios de classificação dos exames dos ensinos básico e secundário de 2011, pode consultar esta página.
Conhecidos os resultados dos exames nacionais do 3º ciclo do Ensino Básico, o director do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE), Helder de Sousa considerou que estes “reflectem o ajustamento do nível de exigência, concretizado numa acrescida complexidade de alguns dos itens e na continuação da procura de um maior rigor na definição e também na aplicação dos critérios de classificação”.
Miguel Abreu, presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática manifestou-se preocupado, mais do que com a descida da média geral, com o facto de 18% dos alunos (16.324) terem sido classificados no nível 1 (em cinco), não tendo conseguido obter mais do que 19 pontos (escala 0 a 100) na prova, duplicando a percentagem do ano passado, porque “o grau de dificuldade foi semelhante ao do exame de 2010 e não justifica de todo esta diferença que é muito preocupante. (...) Cerca de um terço dos alunos que fizeram o exame chegaram ao final do ensino básico muito mal preparados”.
O quadro seguinte (clique para aumentar) foi elaborado a partir do Relatório dos exames nacionais de 2010, publicado há uma semana pelo GAVE, e dos resultados dos exames do 3º ciclo do Ensino Básico de 2011 hoje publicados pelo Público.
Os resultados de cada aluno(a) serão publicados no website da respectiva escola.
O leitor que deseje conhecer os enunciados e os critérios de classificação dos exames dos ensinos básico e secundário realizados nas 1.ª e 2.ª chamadas/fases de 2011, pode consultar esta página.
A reorganização da rede escolar começou em 2005 e, na primeira fase, visava encerrar todas as escolas do primeiro ciclo com menos de 10 alunos, tendo fechado mais de 2500 escolas.
A segunda fase começou em 2010 e levou ao encerramento de 700 escolas com menos de 21 alunos.
A nova fase do plano previa o encerramento até ao final deste mês de mais 654 escolas, mas a Associação Nacional Municípios Portugueses está a aproveitar a mudança na tutela do ministério da Educação e Ciência para adiar ad aeternum o fecho das escolas.
Sempre me maravilhou a capacidade dos portugueses chegarem a brasa à sua sardinha jurando e trejurando que estão a ajudar o próximo.
O que é uma escola com menos de 21 alunos?
A escola pode ter só ensino Básico ou pré-escolar e ensino Básico.
- No caso de só ter ensino Básico, a escola dispõe de uma ou duas salas e um professor do 1º ciclo.
Vamos supor a situação mais favorável para a manutenção desta escola: existem 20 alunos. Consideremos uma distribuição com cinco crianças em cada ano de escolaridade.
Temos um professor com quatro grupos de alunos concentrados em cada canto da sala: os que vão iniciar-se na leitura e no cálculo (1º ano), os que sabem alguma coisa (2º ano), os que já conseguem ler, escrever e conhecem os algoritmos da adição e sua inversa (3º ano) e, no último grupo, os mais avançados que sabem ler, escrever, conhecem os algoritmos da adição, subtracção e multiplicação e adquiriram algumas noções de ciências sociais e naturais (4º ano).
Durante o dia o professor ocupa-se, em média, 90 minutos com os alunos de cada ano de escolaridade enquanto os outros, em geral, estão entretidos a fazer desenhos e pinturas ou a brincar com o Magalhães. Isto é trágico.
Nas escolas em que todos os alunos de uma turma estejam no mesmo ano de escolaridade, as crianças estarão concentradas 4 vezes mais tempo nos conteúdos programáticos do ano que frequentam e poderão adquirir muito mais conhecimentos.
- Vejamos agora o segundo caso. A escola dispõe de duas salas, um educador de infância e um professor do 1º ciclo.
Vamos supor, de novo, a situação mais favorável para a manutenção desta escola e uma distribuição equitativa.
Na sala do ensino Básico a única diferença é que são dezasseis os alunos distribuídos pelos quatro cantos da sala. A metodologia, inexoravelmente, tem de ser a mesma, o docente tem de andar de grupo em grupo, não pode ir para o quadro explicar assuntos do 4º ano porque os alunos do 1º ano não conseguiam perceber.
Na sala do pré-escolar o educador de infância tem que desenvolver actividades lúdicas com quatro crianças de 4 ou 5 anos e, se dispuser de equipamento, as crianças poderão desenvolver capacidades. Mas é um desperdício de recursos ter um educador, que aufere o mesmo vencimento de um professor do 12º ano, a supervisionar as actividades lúdicas de quatro crianças.
Claro que há excepções.
Claro que a deslocação das crianças é um incómodo para os autarcas que têm de organizar o transporte dos miúdos de modo a não exceder 20 minutos e, sobretudo, ouvir duras criticas dos seus pais sobre o estado a que deixaram chegar as estradas que ligam as povoações ao local do agrupamento de escolas.
Claro que o fecho das escolas é doloroso para os educadores de infância e para os professores do 1º ciclo que serão lançados no desemprego.
Mas os contribuintes pagam a educação para que as crianças possam adquirir conhecimentos e desenvolver capacidades, não é verdade?
As toupeiras do ministério, direcções regionais de educação incluídas, já começaram com as fugas de informação, logo amplificadas por associações de autarcas, confederações de pais que, muitas vezes, são simultaneamente professores e pela comunicação social.
Nuno Crato tem de tomar uma decisão sobre o fecho das escolas até ao final deste mês de Julho, senão deixar-se-á prender num círculo de fogo, como aquele que os asiáticos costumam atiçar à volta de um escorpião.