quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Anatomia de um sismo



Ocorreu hoje de madrugada um sismo com epicentro no oceano Atlântico, a 190 km a W-SW de Faro, com magnitude 5.5, pormenorizadamente descrito no sítio da USGS.

Pode ver neste vídeo os registos dos sismógrafos das estações meridionais do Instituto de Meteorologia.

Esta imagem mostra como viajaram pelo nosso planeta as ondas primárias do sismo (O leitor pode pensar nas ondas que se propagam à superfície da água quando deixa cair uma pedra num lago):


terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Plano inclinado VI - Ensino Particular VS Ensino Público


Nunca a pedagogia consegue que um professor ensine aquilo que não sabe.
Cristina Robalo Cordeiro (2007)





segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Espectador, no Circo

Um grito da alma lido no Público:

Espectador, no Circo. 14.12.2009 17:00
O palhaço...
O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem. O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada. Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver. O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar. E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples. Ou nós, ou o palhaço.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Plano inclinado III - Política económica nacional





"Ou nós mudamos isto a bem, ou os financiadores externos vão-nos mudar a mal."
Medina Carreira


terça-feira, 17 de novembro de 2009

Plano inclinado II - O país não se apercebe da gravidade da situação em que se encontra






Eis o diagnóstico de Medina Carreira:

A nossa entrada na UE exigia uma serie de correcções na nossa vida política e social porque “ficámos abertos ao comércio internacional, penetrando aqui as mercadorias que compramos livremente e vendendo as nossas lá fora livremente. (…) O problema nasce há 20 anos”.
Houve êxitos pontuais de crescimento económico quando a conjuntura internacional foi favorável, “quando o petróleo cai para menos de metade em 1985-90 ou quando os juros caem verticalmente em 1995-2000”.
Mas “a nossa capacidade para nos integrarmos no comércio internacional (…) é em queda permanente.”

Tem este programa um objectivo pedagógico: permitir que os portugueses percebam que “não é uma questão de hoje, vem minando o país há 20 anos. Os partidos, nunca quiseram, ou nunca foram capazes de fazer, todos os que entraram no governo, sem distinção, aquilo que era necessário. E continuamos a não fazer. (…) O escudo permitia camuflar a nossa incapacidade competitiva. No dia em que perdemos a nossa moeda ficámos expostos às regras do comércio internacional. Portanto a nossa decadência acentuou-se.(…) Entre 1996 e Junho de 2009 o nosso produto cresceu 2 vezes, em moeda corrente, a nossa dívida externa cresceu 20 vezes. (…) Isto não tem solução porque não podemos impedir que entrem as coisas que compramos, que são quase todas, e não podemos vender se não formos capazes de competir com os outros que produzem as mesmas coisas.”

O que é que os portugueses podem fazer? Consciencializarem-se e exigirem aos partidos políticos, que podem ser PS e PSD, mas com outra gente, “ (…) capazes de perceber e concretizar as políticas que nos restituam competitividade”.


E agora ouçamos Nuno Crato:

(…) a estratégia de Lisboa, no tempo de Guterres, foi uma catástrofe. Íamo-nos transformar num país tecnologicamente avançado, a Europa ia ultrapassar os EUA. (…) Marketing (…) Era a economia do conhecimento."
Quem fez economia do conhecimento? "Foi quem não falou: foi a Índia e a China. Em vez de planos grandiosos (…) começaram a trabalhar para educar as pessoas, sobretudo do ponto de vista técnico. Criaram gerações e gerações muito bem preparadas. (…) Criaram escolas de excelência. A Índia faz programas de computadores que vendem nos EUA e fazem receitas com isso. Apostaram na técnica em vez de falar dela e da sociedade do conhecimento.”

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Expectativa III


Confiados, os dois maiores sindicatos de professores -- Fenprof e FNE -- mantêm sólidas as suas convicções.
Grande contenção da parte da senhora ministra Isabel Alçada. E grande contensão será precisa para surgirem resultados.





Os professores devem ser avaliados por mérito, como estipula o Estatuto da Carreira Docente, não podem ser avaliados por colegas que, embora pertencendo ao mesmo grupo de recrutamento, têm formação científica noutra área.

Deve ser estimulada a criação de ligações entre os agrupamentos de escolas/escolas secundárias e as universidades públicas.
E. g. os docentes podem ser incentivados a frequentar acções de formação nos centros de formação dessas universidades (o do IST tem fila de espera).
Ou a frequentar, em cada módulo de avaliação, no tempo reservado à componente não lectiva, disciplinas (uma, pelo menos) de um mestrado na área que leccionam (e não em Psicologia, Ciências da Educação, Sociologia ou em qualquer ramo de Ciências Sociais, a área com a maior taxa de licenciados desempregados), numa das universidades públicas.

E as suas aulas podem ser observadas e avaliadas por esses professores universitários, i.e. preconiza-se uma avaliação externa, não burocrática e feita por avaliadores que não competem com eles na carreira.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Plano inclinado I - O Portugal real - que não é necessariamente o Portugal de que se fala


Obrigatório ver todos os sábados!





Por absoluta concordância relevam-se as afirmações finais de Nuno Crato:


" A questão fundamental em relação à educação é centrar tudo na aprendizagem dos alunos. Não andar a discutir avaliação de professores, questões secundárias, (…) o Magalhães. Não dar o aspecto central à distribuição de computadores. (…)

Pensar o seguinte:
Porquê as nossas crianças não aprendem? Porquê Portugal está em termos de resultados do PISA, em termos de resultados do TIMSS, na cauda da Europa e está mal no Mundo inteiro e outros países estão bem?

Porque não damos atenção ao aspecto central da educação dos alunos. Para isso é preciso uma série de coisas. É preciso mudar programas, é preciso disciplina nas aulas, é preciso formação de professores, é preciso uma avaliação clara dos alunos. Nada disso existe bem feito.
(…) A questão central na educação: são os conteúdos do ensino.
"


Oxalá os nossos políticos, os professores e os encarregados de educação sejam capazes de ouvir e reflectir sobre estas sensatas palavras.

domingo, 8 de novembro de 2009

Uma pedrada no charco



Henrique Medina Carreira, 78 anos, com licenciaturas em Ciências Pedagógicas, em Direito e um largo percurso em Engenharia Mecânica e Economia, deu mais uma das suas polémicas entrevistas, desta vez ao semanário Expresso.
Com a devida vénia, transcreve-se a parte relativa à Educação:




Tem um espírito de missão no seu discurso?
Estudei muitos anos em Portugal. Fiz muitos cursos. Tenho perante a sociedade portuguesa o dever de tentar ajudar a pensar o país. Mas tenho medo dos missionários. Género Sócrates e companhia. Tentar abrir os olhos à população é uma tarefa que cabe a quem o Estado e a sociedade portuguesa permitiram estudar. E têm o dever de falar.

Fez três cursos. Gosta muito de estudar?
Este longo percurso foi acidentado, por razões que não eram obrigatórias. Comecei por tirar o Curso Complementar da Indústria, que eram cinco anos. Depois estive na Guiné um ano e tal a trabalhar. Quando vim, queria passar da Engenharia para as coisas sociais. Já olhava então para a sociedade portuguesa com muita preocupação. Queria ir para Economia, mas nessa altura não se transitava directamente. Havia um curso chamado Ciências Pedagógicas que permitia esse salto. Era uma espécie de Novas Oportunidades, mas em bom. Estive em Coimbra um ano como aluno voluntário. Depois pensava que transitava para o curso que quisesse, mas o Ministério da Educação disse que não. Obrigaram-me a fazer o liceu todo. Já estava casado, mas fiz o liceu em três anos. Trabalhei na indústria do aço, no Barreiro. Terminado esse percurso, entrei em Direito. Mas como a Economia era a minha velha ambição, ainda fui para Económicas.

Terminou o curso de Direito com 31 anos. Foi para Economia logo de seguida?
Não. Primeiro tive de ir ganhar a vida como advogado. Fiz o curso de Direito como empregado de escritório. Quando já tinha alguma tranquilidade, fui para Economia. Foram muitos anos, mas alguns deles foram impostos pelas circunstâncias.

Isso não o revoltou?
Revoltado estou agora com o que se passa. As nossas escolas são fábricas de analfabetos. No meu tempo, os alunos com a quarta classe davam menos erros do que alguns ministros agora. A escola, hoje, é mais uma das falsificações do regime. O ensino é uma farsa para apresentar estatísticas. As pessoas da classe média e alta têm capacidades para se defender. Põem os miúdos em explicadores, escolhem os colégios. Os filhos das classes baixas não sabem coisíssima nenhuma. Isto só promove a desigualdade e não incentiva a mobilidade social.

Disse um dia que gostaria de ser ministro da Educação durante dois anos. O que é que mudava?
O problema da Educação é simples. Primeiro tem de haver ordem nas escolas, programas feitos com gente com cabeça e não por semianalfabetos. Os professores têm de ser avaliados para se saber se sabem do que ensinam. Salazar liquidou duas gerações e a democracia está a liquidar quatro.

Acha que a Revolução de Abril, neste aspecto, fracassou?
Os analfabetos que dirigiram a Educação depois da revolução é que foram os culpados.

(...)

Como é que se podem estabilizar as despesas sociais? Decretando o fim da educação gratuita?
É por isso que devemos ter um ministro do Estado Social. É preciso haver uma meditação política. Para mim não se coloca a questão da gratuitidade da educação, deve haver é exigência e rigor. Mas temos de saber quais são os limites que podemos gastar.

É contra a escola inclusiva. Quer explicar?
A escola inclusiva é uma vigarice. Põem lá a tropa toda. Como todos somos diferentes, há uns que querem estudar e outros não. Há uns que são capazes e outros não. Quem não aprende não faz sentido lá estar.

Era preferível que Portugal tivesse a mesma percentagem de analfabetos que tinha durante o Estado Novo?
A falha do Salazar não foi na qualidade, foi na quantidade. Agora a falha é na qualidade. Deve tentar-se o máximo de quantidade preservando a qualidade. Gostaria de ser ministro da Educação para fazer vingar a ideia de que, sem exigência, não damos a volta à Educação. Não é mantê-los lá fechados a dar coices que se nivelam. Só se nivelam exigindo o máximo. Mas há um ponto em que há uma estratificação. Isto de todos serem iguais é uma trafulhice.

Em matéria de disciplina na escola, o que é que faria?
Nem que tivesse de pôr um polícia em cada sala de aulas, teria de haver respeito pelos professores. Os que não querem fazer nada que saiam.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

domingo, 25 de outubro de 2009

Isabel Alçada — convenção nacional PS



Se vogliamo che tutto rimanga como è, bisogna che tutto cambi.

Giuseppe Tomasi di Lampedusa, Il gattopardo






24 toques nos óculos em 14 minutos. Em sala de aula já estava na lista negra dos alunos.


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Expectativa I


Da biografia da senhora Ministra da Educação, Dra. Isabel Alçada, consta que a sua infância e juventude decorreram num ambiente alegre, caloroso, feliz, rico de vivências.
Frequentou o Liceu Francês Charles Lepierre, onde concluiu o Ensino Secundário. É licenciada em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Casou ainda estudante, na véspera de fazer 18 anos e iniciou a sua vida profissional a trabalhar no Centro de Formação e Orientação Profissional - Psicoforma. Concluído o curso, ingressou nos quadros do Ministério da Educação, tendo participado activamente na Reforma do Ensino Secundário em 1975/76. No ano seguinte optou por seguir carreira como professora de Português e História do 2º ciclo.

Mas também se afirma que fez mestrado em Ciências da Educação nos Estados Unidos da América, Universidade de Boston. E actualmente faz parte do quadro de professores da Escola Superior de Educação de Lisboa.

Avaliação do governo cessante




Aqui fica o comentário, à avaliação do governo cessante, de um leitor do JN que sabe ler, escrever e interpretar o quotidiano deste país, mas já começa a duvidar dos seus conhecimentos e aptidões:


convi
Ou eu sou burro ou então...

não sou. Se sou ... sou e isto porque não compreendo como é que estas sondagens são feitas. Devem ser as tais sondagens encomendadas por alguém que, por exemplo, davam o CDS/PP como morto. Afinal é o 3º partido político desta parvónia!

Então o ministro do ambiente tem avaliação positiva? Deus meu! Então o burro sou eu, ou são os "mentores destas farsas", palhaços autênticos? E Alberto Costa (Justiça) quase tem nota positiva. Meu Deus! Mas que justiça temos nós em Portugal? Um nojo!

E a ministra da Educação? Que dizer dessa senhora que tem provocado tanta celeuma? Valorizar a sua birra, a sua teimosia? O burro devo ser eu e os inteligentes são os Zaps e os Denys parasitóides. E o jamais dos camelos (o das obras públicas) que tem 9,2 valores. Fico pasmado! A estupidez dos inquiridos não tem limites.

Mas quem está em nº 1? O ministro das finanças cujo único (de)mérito foi espoliar os portugueses, sugando-os até ao tutano, impondo uma carga fiscal gravosa e injusta, permitindo autênticas atrocidades por parte do fisco. Esse homem foi considerado o pior ministro das finanças da UE e aqui, nesta parvalheira que segue na cauda da Europa, é o nº 1!

Esta gente está doida! Mas ... também não admira: os pategos premiaram Sócrates com uma maioria (embora relativa) quando tiveram a possibilidade de dar o governo a F. Leite, uma pessoa competente e honesta. É mesmo uma terra jamais!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Arquimedes III - Uma experiência virtual


Se aplicarmos uma força a uma mola, esta estica. Como o alongamento é directamente proporcional à intensidade da força, podemos construir um aparelho para medir a intensidade das forças, chamado dinamómetro.

Agora divirtam-se com este brinquedo:



Cliquem no dinamómetro e introduzam o corpo no líquido (arrastando o dinamómetro com o rato). Reparem como a intensidade da força diminui de 7,5 para 5 unidades, porque a impulsão exercida pelo líquido opõe-se ao peso do corpo.


(Para correr este applet deverá instalar no seu computador o Java 1.4 ou superior. Pode descarregar da Sun Microsystems.)

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Arquimedes II - A ponta do icebergue


Já a fusão dos glaciares das cadeias montanhosas e dos gelos que cobrem o continente antárctico provocará, obviamente, a subida do nível dos oceanos.

Os icebergues são enormes blocos de gelo que se desprendem dos glaciares. Por curiosidade assinale-se que



Logo



Quando deparamos com um icebergue a flutuar no oceano, estamos a ver a sua parte emersa, i.e. apenas 1/10 do seu volume.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Arquimedes I – A fusão da calote polar árctica fará subir o nível dos oceanos?


A calote polar árctica resultou da solidificação da água do oceano.
Seja


A calote polar árctica flutua no oceano, logo o seu peso é equilibrado pela impulsão exercida pela água do oceano:

P = I

A impulsão é o peso da água do oceano deslocada pela parte imersa da calote:


Durante a fusão do gelo obviamente o peso mantém-se constante:



Donde
e finalmente


Como o volume da água obtida por fusão é igual ao volume imerso da calote, então o nível do oceano manter-se-á constante.


Isto foi explicado no século III A.C. (portanto há 23 séculos) por Arquimedes, ao descobrir que os líquidos exercem uma força sobre os corpos neles mergulhados — a impulsão.
Sim, esse mesmo matemático e físico grego à volta do qual foi criada a lenda de ter saído nu para a rua, após a descoberta, gritando Eureka! Lenda que fazia as delícias dos alunos no tempo em que se ensinava Física nas escolas públicas.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Ranking das escolas


A imprensa publicou hoje o ranking das escolas do ensino secundário.

É óbvio que há uma relação de causa e efeito entre o estrato socioeconómico e cultural das famílias dos alunos de uma escola e a posição que esta ocupa no ranking. Portanto não pode servir para avaliar as escolas ou os seus professores.

Mas os pais e encarregados de educação têm o direito de poderem escolher para os seus filhos ou educandos a escola onde os alunos têm melhores classificações nos exames. E só podem fazê-lo se conhecerem a posição das escolas no ranking.

Devem os docentes facultar-lhes essa informação. Aqui fica o ranking publicado pelo Jornal de Notícias:




CE = classificação de exame
CFD = classificação final de disciplina

Negócios da Educação II


A história da Internet de Banda larga nas escolas é interessante.

Em 2007, aquando da venda dos primeiros computadores portáteis a docentes e alunos, o governo anunciou na comunicação social que fora instalada uma rede wireless nas 1200 escolas do país.
Pura propaganda, não havia nada. Passado um ano instalaram na minha escola uma rede com um servidor localizado na bilioteca e 4 pontos de repetição, que só permitia o acesso à Net dentro de um círculo com um raio de 20 m que, por falta de manutenção, ficou inoperacional ao fim de poucos meses.

Na semana seguinte às eleições europeias despejaram na escola computadores da Hewlett-Packard e quadros interactivos com videoprojector acoplado da Promethean, sem instruções para que fossem colocados na mesma parede da sala de aula.
Donde resultou que ficaram em paredes opostas: o docente teria de abrir a aplicação informática no computador que está sobre a sua secretária, percorria toda a sala de aula até ao quadro interactivo, escrevia nele, voltava a percorrer a sala da última fila de carteiras dos alunos até à secretária para aceder ao computador e fazer as operações necessárias na aplicação informática, voltava a percorrer a sala para escrever no quadro, ... e assim sucessivamente. É claro que os quadros vão apodrecer nas paredes sem serem usados.

Em Setembro começou a ser feita a cablagem: um ponto de rede na secretária do professor, um metro de cabo no quadro interactivo, ... , e 10 m de espaço vazio entre ambos: agora temos a certeza que os quadros interactivos nunca serão usados por impossibilidade física.
E continuamos à espera da ligação à Net, pela rede fixa, dos computadores das salas de aula.
Mas nem tudo é mau: a rede wireless voltou a funcionar. O problema é que por escassez de assistentes operacionais (é o novo nome dos "funcionários auxiliares de acção educativa", a quem os alunos ainda chamam "contínuos") a Biblioteca/Centro de Recursos está encerrada desde o início deste ano lectivo.

Entretanto está a ser feita formação de docentes para usar o software dos quadros interactivos porque chegou a vez do lobby das Ciências da Educação facturar.

E os videoprojectores da Epson não se usam? Usam-se, sim senhor. Ligados aos portáteis dos docentes nas 2 ou 3 salas que foram equipadas há uma década com ecrã de projecção!

Negócios da Educação I


Desde Abril, o Grupo Rangel e a Decsis já levaram mais de 30 mil equipamentos de tecnologias de informação a várias salas de aula de todo o país. Entre estes aparelhos incluem-se 27 560 computadores entregues ao Ministério da Educação, 3400 computadores e 280 videoprojectores destinados à Parque Escolar e 360 quadros interactivos já instalados em seis Municípios do Norte e Centro do país.

O objectivo é entregar e instalar cerca de 15 mil videoprojectores da marca Epson em 586 escolas em todo o país, na maior operação de distribuição a nível mundial desta marca, até agora realizada. A operação envolve 30 viaturas e 60 motoristas e técnicos de montagem da Rangel Distribuição e Logística (RDL), a empresa do Grupo Rangel que faz a recepção, reunião e carga de todos os aparelhos. O projecto desenvolve-se em duas fases: a primeira decorreu entre Fevereiro e Julho e a segunda está a ser executada nos meses de Setembro e Outubro.

Paralelamente, o Grupo Rangel preparou em armazém 62 mil computadores e monitores TFT (thin film transistor, uma tecnologia mais avançada de monitores LCD) com múltiplos sistemas operativos.

As duas empresas, parceiras há cerca de um ano, desejam continuar a trabalhar em conjunto, dado o sucesso obtido até agora. "Temos obtido um feedback bastante positivo em relação à cooperação com a Decsis, uma vez que partilhamos valores fundamentais para o sucesso desta parceria: ambição, perfeccionismo e desejo de desenvolver as melhores práticas nos respectivos sectores", revela Nuno Ramalho, director-geral da RDL.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

2009 Presidente Obama


O Comité Nobel norueguês decidiu que o Prémio Nobel da Paz de 2009 será entregue ao Presidente Barack Obama.

Na sua declaração o Comité Nobel afirma que "É muito raro uma pessoa conseguir, no tempo em que Obama conseguiu, capturar a atenção mundial e dar às pessoas um sentimento de esperança rumo a um futuro melhor."

E termina subscrevendo o apelo de Obama: "Agora é tempo de todos nós tomarmos a nossa parte de responsabilidade para se alcançar uma resposta mundial aos desafios mundiais."

Procura-se corresponder transcrevendo, com a devida vénia à 4R - Quarta República, parte do mais singular discurso de incentivo aos alunos e suas famílias:



--Sei que para muitos de vocês hoje é o primeiro dia de aulas, e para os que entraram para o jardim infantil, para a escola primária ou secundária, é o primeiro dia numa nova escola, por isso é compreensível que estejam um pouco nervosos. Também deve haver alguns alunos mais velhos, contentes por saberem que já só lhes falta um ano. Mas, estejam em que ano estiverem, muitos devem ter pena por as férias de Verão terem acabado e já não poderem ficar até mais tarde na cama.

Também conheço essa sensação. Quando era miúdo, a minha família viveu alguns anos na Indonésia e a minha mãe não tinha dinheiro para me mandar para a escola onde andavam os outros miúdos americanos. Foi por isso que ela decidiu dar-me ela própria umas lições extras, segunda a sexta-feira, às 4h30 da manhã.

A ideia de me levantar àquela hora não me agradava por aí além. Adormeci muitas vezes sentado à mesa da cozinha. Mas quando eu me queixava a minha mãe respondia-me: "Olha que isto para mim também não é pêra doce, meu malandro..."

Tenho consciência de que alguns de vocês ainda estão a adaptar-se ao regresso às aulas, mas hoje estou aqui porque tenho um assunto importante a discutir convosco. Quero falar convosco da vossa educação e daquilo que se espera de vocês neste novo ano escolar.

Já fiz muitos discursos sobre educação, e falei muito de responsabilidade. Falei da responsabilidade dos vossos professores de vos motivarem, de vos fazerem ter vontade de aprender. Falei da responsabilidade dos vossos pais de vos manterem no bom caminho, de se assegurarem de que vocês fazem os trabalhos de casa e não passam o dia à frente da televisão ou a jogar com a Xbox. Falei da responsabilidade do vosso governo de estabelecer padrões elevados, de apoiar os professores e os directores das escolas e de melhorar as que não estão a funcionar bem e onde os alunos não têm as oportunidades que merecem.

No entanto, a verdade é que nem os professores e os pais mais dedicados, nem as melhores escolas do mundo são capazes do que quer que seja se vocês não assumirem as vossas responsabilidades. Se vocês não forem às aulas, não prestarem atenção a esses professores, aos vossos avós e aos outros adultos e não trabalharem duramente, como terão de fazer se quiserem ser bem sucedidos.

E hoje é nesse assunto que quero concentrar-me: na responsabilidade de cada um de vocês pela sua própria educação.

Todos vocês são bons em alguma coisa. Não há nenhum que não tenha alguma coisa a dar. E é a vocês que cabe descobrir do que se trata. É essa oportunidade que a educação vos proporciona.

Talvez tenham a capacidade de ser bons escritores - suficientemente bons para escreverem livros ou artigos para jornais -, mas se não fizerem o trabalho de Inglês podem nunca vir a sabê-lo. Talvez sejam pessoas inovadoras ou inventores - quem sabe capazes de criar o próximo iPhone ou um novo medicamento ou vacina -, mas se não fizerem o projecto de Ciências podem não vir a percebê-lo. Talvez possam vir a ser mayors ou senadores, ou juízes do Supremo Tribunal, mas se não participarem nos debates dos clubes da vossa escola podem nunca vir a sabê-lo.

No entanto, escolham o que escolherem fazer com a vossa vida, garanto-vos que não será possível a não ser que estudem. Querem ser médicos, professores ou polícias? Querem ser enfermeiros, arquitectos, advogados ou militares? Para qualquer dessas carreiras é preciso ter estudos. Não podem deixar a escola e esperar arranjar um bom emprego. Têm de trabalhar, estudar, aprender para isso.


Ler o resto aqui.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

2009 Presidente Zapatero


O Presidente do governo português, perdão, espanhol, escreveu recentemente uma carta cuja leitura se recomenda. Ei-la:



Hoje celebramos o Dia Mundial dos Docentes, instituído pela Unesco faz 15 anos para render homenagem ao professorado e ao papel essencial que desempenha para uma educação de qualidade. É um dia para partilhar ganhos e, também, para aceitar a responsabilidade de achar a solução, entre todos, das carências.

Educadores e educadoras, professoras e professores espanhóis:

O nosso país transformou-se tanto nas últimas décadas que talvez alguns tenham esquecido que nos anos 70 do século XX, Espanha tinha, ainda, pessoas analfabetas, que o acesso à Educação não era universal, e que o nascimento num ou noutro lugar podia ser tão determinante como a família no momento de planificar uma vida.

Porque os sonhos costumavam ser, para tristeza de muitos, do tamanho dos seus precários rendimentos.

Avançámos muito. Hoje o nosso sistema educativo abre-se a toda a população e, fruto deste progresso, deste grande êxito colectivo, contamos com as gerações melhor preparadas da história de Espanha. Ter-me-eis ouvido repeti-lo, porque creio que é necessário valorizar e reconhecer o caminho realizado para sermos plenamente conscientes do que ainda resta percorrer.

Mas os nossos ganhos educativos terão a dimensão que sejamos capazes de traçar juntos e, por isso, creio firmemente que chegou o momento para um Pacto Educativo. O meu propósito é impulsionar um acordo social e político que olhe o futuro com ambição, com a ambição de um país que aspira à excelência e sabe que tem na educação a alavanca principal para a atingir, um país que quer que cada pessoa possa chegar tão longe na sua formação quanto o levem a sua vontade e o seu esforço, sem outras limitações.

Para alcançar esse novo horizonte educativo, cada Administração terá que assumir plenamente a responsabilidade que constitucionalmente lhe corresponde, cumprir com eficácia o seu papel. Desde 2004 o Governo de Espanha dobrou o orçamento educativo, mas estou muito consciente de que para chegar mais longe, como é o nosso propósito, as Comunidades Autónomas e a Administração Geral do Estado devem aumentar o investimento. E não só o financiamento é importante, também será necessário que toda a sociedade propicie o melhor dos meios, para que a vossa tarefa docente e a aprendizagem dos alunos se desenvolvam nas melhores condições e com a maior qualidade.

Nunca Espanha teve tanto potencial de futuro e nunca antes o nosso porvir dependeu tanto da educação, do conhecimento, da nossa capacidade criadora e inovadora, que são a base do bem-estar e de um novo modelo de crescimento económico.

Sem vós, educadores e educadoras, professoras e professores, sem o esforço que dia a dia entregais e ensinais à sociedade espanhola, não teríamos podido chegar até aqui. E não podemos construir um melhor futuro sem vós.

Por isso seguirei pondo todo o meu empenho em demonstrar que a grandeza de um país deve medir-se pelo prestígio que concede aos seus professores.

Só me resta dizer-vos obrigado.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A Educação precisa de estabilidade


O Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário foi aprovado pelo Decreto-Lei 139-A/90 durante um dos governos do professor Cavaco Silva. Era um excelente estatuto se tivesse sido regulamentado o acesso ao oitavo escalão.

Os governos socialistas de António Guterres (1995-2002) introduziram as 1ª e 2ª alterações pelos Decretos-Leis 105/97, de 29 de Abril e 1/98, de 2 de Janeiro.

O governo social democrata de Durão Barroso (2002-2004) fez a 3ª alteração pelo Decreto-Lei 35/2003, de 17 de Fevereiro.

Durante os quatro anos do governo socialista de José Sócrates (2005-2009) sofreu seis alterações: as 4ª, 5ª, 6ª, 7ª, 8ª e 9ª alterações pelos Decretos-Leis 121/2005, de 26 de Julho, 229/2005, de 29 de Dezembro, 224/2006, de 13 de Novembro, 15/2007, de 19 de Janeiro, 35/2007, de 15 de Fevereiro, 270/2009 de 30 de Setembro. E não vai ficar por aqui.

Incompetência ou irresponsabilidade?

2009 Presidente da Republica




Por concordância, e por ser dos raros com elevação, transcreve-se este comentário de um leitor do Jornal de Negócios à comunicação do Presidente da República:

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A erva daninha
Hoje enquanto conduzia a caminho de casa, mesmo antes de ouvir o PR, dei por mim a pensar sobre o ambiente que se vive em Portugal. Tenho 42 anos e não me lembro, em nenhuma altura, de respirar um ambiente tão negativo e nocivo. Dei por mim a pensar que nos últimos anos apareceu um elemento novo que veio afectar de forma muito séria a coesão nacional. Nunca senti uma tamanha bipolarização: Os que seguem e apoiam o Sr. Engº e os que o desprezam por achar que ele é um mentiroso e um vigarista. Este sentimento e esta divisão estão a afectar relações sólidas de amizade e mesmo relações familiares. Esta divisão atingiu hoje o seu climax. As duas principais figuras do estado estão de facto desavindas. O caldo está entornado! Sinceramente, não vejo como é que o país vai poder ser governado sem existir o mínimo de confiança entre a Presidência e o Governo. Acho que só resta uma solução: Arrancar a "Erva daninha"
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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Asfixia democrática II


Neste outro caso a pessoa em questão, ao defender a qualidade do ensino na sua escola, em 1999, foi olhada como um obstáculo pelo presidente do Conselho Directivo, um indivíduo do ex-partido político PRP, que depois tentou fazer carreira política no PCP e nessa altura já estava bem posicionado no PS. Sofreu uma perseguição implacável, apesar de não ter qualquer actividade política.

Quem lhe sucedeu na Direcção não era má pessoa, mas ora alinhava com ele, ora o guerreava, consoante as necessidades da sua carreira. E, ao afirmar que o docente não podia leccionar a disciplina para a qual foi recrutado, acabou a alinhar com Lurdes Rodrigues (notável a subtileza do órgão de gestão propor e a junta médica psiquiátrica concordar, fazendo lembrar a ex-URSS):




Asfixia democrática I


É inaceitável que se tente eliminar docentes como neste caso, mesmo que a docente privilegie a animação sócio-cultural e tenha sido apanhada numa luta política entre dois galos para o mesmo poleiro (a ex-secretária de estado Ana Benavente, com cuja política educativa nunca me identifiquei, e a ministra Lurdes Rodrigues).

Ciências da Educação II


É inaceitável que se tente estupidificar os docentes com questionários deste teor que, com a devida vénia, transcrevemos do post do Professor Carlos Fiolhais abaixo ligado:

"ESEAG – Escola Superior de Educação Almeida Garrett
Disciplina de Educação e Valores
Questionário

— Numa época de canhestros, sistemáticos e fragmentários dogmatismos, labilismos, labialismos, «turismos» culturais, pragmatismos, cepticismos, determinismos, fatalismos, autismos, narcisismos, parolismos... – mais ou menos camuflados por dinâmicas endógenas e exógenas – um relance, embora perfunctório, sobre a ossatura programática da Disciplina, permite afigurar-se razoável, liminarmente, a susceptibilidade de desfibrá-la, entre outras, nas seguintes dicotomias axiológicas mediáticas multifacetáveis, confinantes, congruentes, sinalagmáticas..., a entrecruzaram-se, transumirem-se, transubstanciarem-se, transversalizarem-se, etc. v.g. Cultura-Civilização; Valores-Referências.

Sem irrelevar o subjacente, atipico e ágrafo património – genético, material e espiritual – a montante e a jusante do aluno, teça um comentário sinóptico (corroborante ou repudiante), ancorado em dimensão axiológica e argumentos, empíricos ou especulativos, minimamente válidos.


Educação? Valores? Não brinquem connosco!

Com a formação de professores que está à vista pela amostra, seria muito de admirar que o nosso sistema de ensino pudesse estar diferente da situação de quase-catástrofe que lhe tem sido diagnosticada. O problema adicional é que a confusão não se fica pelo discurso. Quando o discurso tem algum conteúdo (o que não é obviamente o caso da questão apresentada, esteja o leitor tranquilo), trata-se em geral de um discurso anti-científico e, por isso, perigoso para a sanidade mental dos professores e, por extensão, das crianças e jovens."


O leitor pode ler o resto do post aqui.

domingo, 20 de setembro de 2009

A quimera das eólicas



Uma imagem vale mais que mil palavras:


No mapa, a qualidade do vento decresce do máximo em roxo para o mínimo a azul.


A estadistas com visão estratégica sucedeu um bando de políticos sem sentido de Estado, cidadãos irresponsáveis e, pelo menos intelectualmente, desonestos, que se aproveitou do desconhecimento dos eleitores em matérias científico-técnicas para desfraldar bandeiras pseudo-progressistas, como a da energia eólica sem se preocupar com as consequências que daí decorrerão para a economia e finanças do país: a energia eléctrica de origem eólica custa, descontando taxas e subsídios, cerca do dobro da proveniente do carvão queimado nas grandes centrais de Sines e Abrantes.

Tal atitude revela políticos dispostos a conservar o lugar a qualquer preço, pessoas que não querem servir o país, mas servir-se do país
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domingo, 13 de setembro de 2009

Ciências da Educação I


O meu colega João, que ficou desempregado neste ano escolar, disse-me que ia aproveitar o tempo inscrevendo-se num mestrado em Ciências da Educação.
Aproveitar ou desperdiçar?

Para o João reflectir, aqui ficam as opiniões dos professores
Nuno Crato e Pinto de Sá. E os sinceros votos de que não seja confrontado com testes deste teor

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Andrómeda




Esta galáxia está à distância de 2,5 milhões de anos-luz, tem 10 biliões de estrelas e chama-se Andrómeda.

Um dia, no futuro, a nossa galáxia - a Via Láctea - vai
encontrar-se com ela.

domingo, 16 de agosto de 2009

Dois professores?


Maria de Lurdes Rodrigues é professora do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e Empresas e Valter Lemos do Instituto Politécnico de Castelo Branco.





Qual é o valor da bolsa dos futuros alunos do 10º ano?

Será o dobro do valor do abono de família do aluno.
No escalão máximo o abono é aproximadamente 50 euros, logo a bolsa será 100 euros.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Um professor excelente


A docência não é um trabalho de operário, com rotinas de entrada e saída e objectivos de produção diária. É um trabalho intelectual de preparação de aulas, que exige reflexão e não se pode avaliar com preenchimento de fichas de auto-avaliação.
Então como avaliar os docentes?

Globalmente através dos resultados obtidos pelos alunos em exames nacionais rigorosos, em todas as disciplinas, no final dos 1º, 2º e 3º ciclos e do ensino secundário.

Individualmente em sala de aula:



É o que fazem, por exemplo, 20% dos novos alunos do MIT ao escolherem esta escola depois de assistirem a aulas (virtuais) dos seus professores.

Moonlight


21:00 na escola.

Ouço tocar a Moonlight. Devo estar com alucinações, o meu cérebro começou a produzir endomorfinas.

Não, é o Pedro a ensaiar para a festa do 9º B. Para o nosso futuro médico os clips da Pathétique:




Verónica e companhia


Para a Bárbara, a Joana, a Nadine e a Verónica, que devem ser as únicas alunas da escola que tiveram sucessivas avaliações negativas em Educação Física, e ninguém ficou surpreendido, os meus desejos de que, depois do sofrimento do estudo,



possam descobrir o prazer do conhecimento:



Sonhos



A Rosa e a Fernanda, que trocaram os seus sonhos pela família, voltaram à escola para aprender a usar aquela máquina misteriosa - o computador - que tanto atraía os filhos.

A Maria dos Anjos e a Anastácia voltaram à escola à procura de uma oportunidade que tanto tarda em chegar.

Para elas deixo os
sonhos doutra mulher.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Energia nuclear: os átomos


Inicia-se aqui uma série de sete aulas sobre Energia Nuclear.






e agora outra música para os vossos ouvidos:


O problema resolve-se mentamente assim:


Como já COMPREENDERAM que 2/5 é 0.4, podem passar a usar a calculadora em casos de divisões mais complicadas.


Para terminarmos a aula, reparem neste número tão pequeno:



algoritmo da divisão


Finalmente chegamos ao algoritmo da divisão



ao som de La grande porte de Kiev, tocado 8 segundos (0:18 a 0:26) no derradeiro ensaio do cantor pop Michael Jackson,



que vamos ouvir integralmente.

fracções equivalentes


Vamos estudar esta ficha acompanhados pelo burburinho da feira de Limoges:



divisão do comprimento (área) unidade em várias partes iguais


Estudamos esta ficha acompanhados pelo quadro Bydlo:


Esta ficha é tão fácil que vai ser um passeio,


até ao Ballet des poussins dans leurs coques:


E terminamos com esta ficha ao som do quadro Samuel Goldenberg and Schmuyle: